Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto-risco...

Todo mundo que aprendeu a ler e escrever tem uma certa vontade de escrever. É legítimo: todo o ser tem algo a dizer. Mas é preciso mais do que vontade para escrever. Como milhares de pessoas dizem (e com razão): "Minha vida é um verdadeiro romance, se eu escrevesse contando ninguém acreditaria." O que devem fazer essas pessoas? Escrever sem nenhum compromisso. Às vezes uma só linha basta para salvar o próprio coração.







domingo, 6 de junho de 2010

Esquisita


      Diferente

Bobo

      Chata

         Palavras avulsas? Se olharmos assim rapidamente até pode parecer que elas não fazem o menor sentido, mas se olharmos com mais atenção podemos entender que elas têm um peso... para quem tem elas antes do nome. Como assim? Você deve estar se perguntando. O que eu quero dizer é que muitas pessoas não são reconhecidas pelos seus nomes, mas pelo que aparentam ser, pelo que fazem, por determinada maneira de ser...em um determinado momento. Estou falando de rótulos, uma marca que você ganha em um segundo e que você leva pra sempre na sua vida. Já parou pra pensar como vivemos em função deles, como conduzimos nossa vida baseados em um conceito que alguém estabeleceu e que nem nos damos ao trabalho de descobrir se faz algum sentido. Simplesmente acreditamos que a pessoa é assim, sempre será e por isso não gostamos dela, não queremos contato com ela, não queremos ouvir as músicas dela, ela não vai nos surpreender mesmo! Fazemos julgamentos o tempo todo, baseados em um conceito qualquer, criado por sei lá quem. A verdade é essa, no final nem sabemos mais quem disse o que, e porque disse, mas o rótulo está lá, intacto. É como se perdesse pelo caminho a origem deles, mas nem por isso eles deixam de existir. A única conclusão que eu posso chegar é: eles existem fato! [Não é porque questiono que eles vão deixar de existir.] Mas o que eu vou fazer com eles é problema meu. Posso ignorá-los e conhecer aquela pessoa como ela se apresenta, em suas diversas fases, sem tentar dar nomes. Ou posso passar a minha vida enquadrando pessoas em palavras, mesmo que elas não se encaixem mais nelas. No final, a escolha é sempre sua...mas pense bem, a gente ganha um nome quando nasce e não é atoa, não precisamos de nada para colocar antes dele!

[Depois de uma conversa...altas horas da madrugada, a gente pode se inspirar!rs - Adorei a conversa Renata!]

4 comentários:

  1. É, amiga...
    Realmente um simples papo pode nos mostrar muitas coisas e essa parada do rótulo vc tem razão. Ganhamos um nome qndo nascemos e ponto! Não precisamos de nada para mudá-lo, o nome é o q importa.

    Mil beijos

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  2. Rotulos são para geleias.. alguém já disse.
    Os PRÈ conceitos e julgamentos, estão ae a qualquer parte e a cada esquina. Tudo o que "foge" ao "normal" para alguns ganha um rótulo.

    Enfim... Nós mesmo que questionamos, agimos da mesma maneira sem se dar conta muita das vezes. Observe!rs
    Bjo

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  3. Muito bom o texto... A conversa rendeu bons frutos!
    Estou tentando extinguir essa mania de rotular as pessoas. E percebi que quando dou a chance para a pessoa me mostrar quem é, sem rótulos, me sinto bem melhor com os outros e comigo mesma.

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  4. Tem razão Lili! Nós que de alguma forma temos culpa por rotular o outro. Agimos sempre da mesma maneira e nem nos demos conta. Mas quando eu estava conversando com a Rê, foi exatamente isso que percebemos. Eu "julguei" sem ter grande conhecimento uma cantora, pois só conhecia uma parte do trabalho dela, na verdade uma musica, e já achava que a conhecia. E quando ouvi a nova música fiquei surpresa! E assim fiz de novo, com o blog de uma pessoa que a Rê me mandou, achei que não teria nada mais a me acrescentar. E me enganei...duas vezes! Percebi que a gente quer conhecer uma pessoa por um momento, uma atitude, uma maneira de ser...mas ela tem várias. Realmente..vamos deixar os rótulos para as geléias! As pessoas não precisam deles, atrapalha...e impede o contato.

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