Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto-risco...

Todo mundo que aprendeu a ler e escrever tem uma certa vontade de escrever. É legítimo: todo o ser tem algo a dizer. Mas é preciso mais do que vontade para escrever. Como milhares de pessoas dizem (e com razão): "Minha vida é um verdadeiro romance, se eu escrevesse contando ninguém acreditaria." O que devem fazer essas pessoas? Escrever sem nenhum compromisso. Às vezes uma só linha basta para salvar o próprio coração.







quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Viver mais...

             Descobri que viver é algo realmente complexo. Talvez mais complexo do que eu imaginava, já que passei a vida inteira fazendo planos de cada etapa da minha vida e portanto passei tempo demais esperando que cada um delas se concretizasse. Claro que com relação a estudos, carreira profissional e desejo de possuir determinados bens materiais eu consegui me satisfazer e posso dizer que essas etapas eu realizei [e algumas ainda realizo] com louvor. Mas quando se trata de viver a vida, conhecer pessoas e se entregar de verdade a elas ou até mesmo me conhecer de verdade, eu preciso dizer que ficou uma lacuna. Eu tinha outros planos quanto a essa parte da minha vida, algo que realmente não seria possível realizar, pois eu estava idealizando demais as pessoas que eu esperava encontrar pra concluir essa etapa. Se nem os personagens de filmes e seriados conseguem ser tão perfeitos porque eu ainda espero cruzar com alguma perfeição de pessoa nos meus relacionamentos?
              No meio dessa bagunça toda eu aprendi que a vida é muito mais simples do que eu pensava. Enquanto eu perco tempo pensando demais e fazendo planos, e muitas das vezes me frustro por eles não se concretizarem, as pessoas à minha volta estão vivendo.


Viver mais e pensar menos, foi o que eu ouvi hoje de manhã...e me fez perceber que eu posso estar perdendo muita coisa, que eu poderia ser mais leve se deixasse as coisas acontecerem, se fizesse apenas as coisas que eu gosto,  sem tanta cobrança.  Talvez eu não consiga parar de pensar, mas eu posso tentar viver mais e com isso descobrir quem eu sou...
              [Conselho de alguém especial que está fazendo uma grande diferença.]

domingo, 6 de outubro de 2013

Expurgar...

          Acabo de assistir um filme sensacional! É a única palavra que descreve ele porque fez minha mente pensar em tantas coisas ao mesmo tempo e apesar da violência e da ruindade da maioria dos personagens, posso dizer que foram pensamentos bons. Porque me peguei pensando que o mundo poderia ser diferente se a gente ajudasse o próximo de verdade. Se tivéssemos mais compaixão com os moradores de rua, com as crianças de abrigo, se olhássemos nossos vizinhos de forma diferente, se prestássemos mais atenção nas pessoas que vivem com a gente. É uma coisa tão simples e que a gente prega tanto [esse lance de amor ao próximo], mas que na prática não acontece.
           As pessoas estão cada vez mais preocupadas consigo mesmas e não se importam de pisar nas pessoas que estão um pouco abaixo de sua classe social. E o filme fala exatamente sobre isso! Na existência de um dia por ano para acabar com as pessoas que você não gosta, que te faz mal, e às vezes só pelo fato de existirem. Uma noite de crimes sem punição alguma, sem médicos, bombeiros e muito menos polícia. Onde você pode liberar sua raiva e até mesmo se vingar da forma mais cruel, de alguém que te magoou no passado, ou simplesmente, de alguém que tem menos dinheiro que você. E eu me pergunto: Será que isso resolve? Tira a raiva e substitui pela culpa? Uma é momentânea e a outra acredito que dura para sempre. Então pra que serve essa noite? Limpar a sociedade do quê? De sentimentos bons? [Altruísmo...Perdão...Amor].
          O que eu achei brilhante foi o final porque a sociedade estava apoiando essa lei até que...começou a morrer pessoas da família desse pessoal que ia para as ruas expurgar (que seria: limpar, purificar) e foi neste momento que a população parou de ter orgulho do seu país...desses atos...
Filme: Uma Noite de Crime
          Então a gente só percebe que alguma coisa é realmente nociva quando começa a nos afetar? Enquanto está lá fora não tem porque se preocupar, mas quando se aproxima, a gente ganha voz. A mensagem que fica é simples, e eu diria que se trata do Amor ao Próximo, porque a gente não sabe como vai ser o amanhã. E porque eu acredito que cultivar a violência não vai levar a lugar algum e não purifica nada, nem a sociedade e muito menos a alma.