Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto-risco...

Todo mundo que aprendeu a ler e escrever tem uma certa vontade de escrever. É legítimo: todo o ser tem algo a dizer. Mas é preciso mais do que vontade para escrever. Como milhares de pessoas dizem (e com razão): "Minha vida é um verdadeiro romance, se eu escrevesse contando ninguém acreditaria." O que devem fazer essas pessoas? Escrever sem nenhum compromisso. Às vezes uma só linha basta para salvar o próprio coração.







sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Novas possibilidades de ser e estar no mundo

       É como se eu quisesse recomeçar não sei por onde. Tá tudo tão fora do lugar que quero desarrumar mais ainda e tentar colocar peça por peça em seu lugar. Mas não sei mais onde as coisas se encaixam. Nunca vi nada igual. Os dias passam, mas a bagunça continua, e às vezes até acho que ela aumenta. Fico procurando sentido, mas não encontro.

       Nada por aqui, nada por ali. E sinto que às coisas estão cada vez mais fora de rumo. Renato Russo sabia o que estava dizendo quando cantou: “Quero me encontrar mas não sei onde estou...” (8)

       Mas o bom é que o ano está acabando e quero acreditar que toda essa bagunça vai embora com ele. E quem sabe o ano que vem traga propostas melhores, novos rumos pra seguir, novas possibilidades de ser e estar no mundo. Quem sabe eu consiga organizar essa bagunça e encontrar o lugar certo das coisas, ou quem sabe o lugar errado delas não me incomode tanto assim.


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Por ali ou por aqui?

Ouvindo Rachel Yamagata. 

       Às vezes a gente demora a entender que as coisas não acontecem na hora que queremos. Não adianta ouvir dos amigos, ler em livros, procurar em filmes aquelas frases clichês que possam fazer sentido pra que as coisas se encaixem. É que às vezes precisamos deixar as coisas acontecerem no tempo delas. Sem pressa.

      Não adianta compararmos o tempo que as coisas acontecem na vida do outro com tempo que acontecem na nossa e achar que somos injustiçados por ainda não termos chegado longe. É que talvez nosso caminho seja diferente, o aprendizado é outro.

       A vida não pode ser conduzida a partir da vida do outro. Eu repito.

      É que agora esse pensamento, essa frase, está fazendo tanto sentido pra mim que eu resolvi fazer dela um mantra pra poder me libertar e seguir o meu caminho.

    Não importa a direção que a gente tome se deixarmos Deus nos guiar no tempo que ele determinou para que as coisas aconteçam. A gente vai saber quando estivermos no caminho certo, vamos ver os sinais. Mesmo que no começo a gente pegue a trilha errada e se desespere, sempre dá tempo de mudar de direção. Por mais difícil que seja a caminhada, vai ter muito aprendizado.


domingo, 30 de novembro de 2014

...

                                         "Nada é fácil de entender..."


domingo, 16 de novembro de 2014

Eu escolho...

     Li um texto no blog da Elenita [Que é uma pessoa que admiro muito pelo jeito que ela consegue colocar tudo que ela sente em palavras.] e achei que tinha tudo a vê com o que eu estava refletindo nesses últimos meses. Então, peguei pra mim. Fez tanto sentido.

    "É isso que a vida é: uma oportunidade de aprendizado... contínuo. A gente pode reclamar, se sentir solitária, injustiçada e reclamar. Ou a gente pode agradecer... a gente pode vibrar energia boa... a gente pode enxergar a beleza das coisas que existem.... em toda parte... a gente pode ter fé, sentir paz, alegria....

    Por mais que o mundo pareça injusto com você, é sua responsabilidade governar a forma como você se sente. Escolha aprender. Escolha se cuidar. Escolha se amar... Escolha renascer."

                                [Obrigada por me confortar com essas palavras.]

Eu escolho tentar...ser feliz aproveitando cada momento. 
Escolho renascer...

domingo, 9 de novembro de 2014

Confessando aqui

Confesso que essa música fala por mim nessa bagunça que me encontro...

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final

Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais

É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer 


Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais





sábado, 8 de novembro de 2014

Bombshell

         É engraçado como a vida prega peças...
     Eu estava assistindo a um seriado, chamado Smash e confesso que essa 2ª temporada não estava me agradando em nada. Achei tudo uma bagunça. O roteiro, os personagens [Porque tinha gente demais no elenco e isso dificultava na hora de focar na estória.], estava tudo fora do lugar, como se tivesse muita informação e ao mesmo tempo nenhuma. Mas na metade da série alguma coisa mudou. Ela foi tomando forma e as coisas foram se encaixando. O que parecia não ter mais jeito de repente virou um espetáculo incrível e me fez pensar que tudo na vida tem chance de ser modificado [Inclusive as pessoas.]. 
     Comecei a comparar o seriado à minha própria vida. O fato dela está uma bagunça e eu não saber por onde começar a ajeitar. O quanto eu tenho feito tantas coisas e ao mesmo tempo nenhuma. O quanto tem entrado personagens diferentes nela ultimamente e mesmo assim parece faltar algo pra minha peça começar. Assim como na série, não são as músicas que estão fora de contexto ou que são ruins, porque particularmente, era o que tinha de melhor. Então eu repito: Não são as músicas [o ritmo que eu levo a vida] que fazem as coisas perderem o rumo. Mas as minhas decisões, as minhas escolhas e não o tempo que eu as faço. Talvez eu não esteja fazendo as escolhas certas e por isso fico andando perdida no meio da multidão, assim como os personagens que pareciam não saber o que queriam. Ou talvez eu saiba, mas não esteja seguindo na direção certa pra alcançar aquilo que desejo e por isso fico andando de um lado pro outro sem chegar a lugar nenhum. 
      O fato é que eu preciso escolher e seguir, não importa o que aconteça. Preciso confiar mais em mim. Acreditar que por mais que tudo pareça não ter mais jeito eu sempre terei a chance de parar um pouco [que eu posso fazer essa pausa], fazer algumas modificações antes da grande Estréia, antes de chegar ao meu final.

               Só porque amo essa música e amei a performance: 'Under Pressure'

      E nessa temporada eu comecei a admirar a Ivy, o Derek, a Julia, pessoas que antes eu não gostava muito. É que eu pude ver estes personagens de perto [com um outro olhar], pude vê-los crescendo como pessoa e o resultado final foi algo surpreendente. Porque assim como na vida real a gente acaba gostando de pessoas que nunca imaginamos, basta conhecer melhor a estória de cada um. 

                                                             'Big Finish'

sábado, 1 de novembro de 2014

Fora destas águas...

       É incrível como essa sensação de estar fora do meu habitat natural continua crescendo dentro de mim. Eu tento me acostumar à vida que eu tenho, eu tento me adaptar ao mundo que vivo, mas nada parece se encaixar completamente. É como se nada fizesse sentido. Ariel já dizia: “Com barbatanas não se vai longe, tem que ter pernas pra ir andando...” 
       Mas eu só preciso encontrar esse lugar, esse mundo ideal, esse mundo que eu nunca vi. Onde eu possa caminhar livremente sem me preocupar com os outros, onde eu possa cantar, dançar, pular. Onde eu possa ser, sem me preocupar em estar. [Ah...verbos de ligação...que continuam a conduzir a minha vida.]
       Eu nunca pensei que esse desejo pudesse ficar mais forte a cada dia, mas parece que é incontrolável. Eu olho ao meu redor e não consigo dizer: - Faço parte daqui e me sinto bem. É como se as pessoas não tivessem o menor interesse em me conhecer de verdade, é como se eu fizesse figuração na minha própria vida, e assim eu vou sumindo no meio da multidão. 
       Oi, tudo bem, se tornou rotina para um início de conversa qualquer, onde não há nenhuma preocupação com a resposta, o que importa é seguir o repertório. É como se fosse aquela canção que toca várias vezes ao dia na rádio e que nem prestamos mais atenção na letra, mas não deixamos de cantar sempre que ela toca. Tudo bem, eu digo, não como estado de espírito mas como forma de tranquilizar, como se fosse uma maneira de dizer que entendo e não vou criar um desconforto para as pessoas só porque o meu mundo não se encaixa com o delas. Vou continuar levando a minha vida no mesmo ritmo de uma música lenta, até que eu possa me sentir a vontade para mudar a batida. Eu sei que quando eu encontrar o meu mundo ideal tudo vai mudar e nunca mais vou desejar voltar depois de ter tão lindas surpresas. Terei novos rumos pra seguir... e tanta coisa empolgante!!! Ah... como eu desejo, como eu almejo, esse prazer...
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Quero viver, não quero ser...mais deste mar.

                            Nada se compara a 1ª versão...única e inesquecível.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Talvez essa, seja eu...

       Quem sou eu? Antes eu achava essa pergunta completamente vaga porque eu não tinha a menor idéia de quem eu era. Então eu tentava encontrava em alguma escritora, em algum texto perdido por aí alguma descrição que chegasse perto da pessoa que eu achava que eu era. Não que isso fosse algo ruim, porque muitas vezes um texto realmente fala por nós, mas hoje sei que isso de certa forma não nos completa, não diz com todas as letras quem somos. E agora aos 28 anos posso dizer que eu sou uma eterna sonhadora, é isso mesmo. Sou alguém que ainda não quer crescer e agora sei que não preciso mesmo, posso viver no meu mundinho azul e sair somente quando eu achar necessário. Posso acreditar em contos de fada, se isso me fizer mais feliz. Posso viver as mais variadas estórias quando assisto meus seriados e acreditar que um dia posso ter uma vida parecida com a daquela personagem, e quem sabe até encontrar um amor assim: leve, bonito e divertido. E que eu posso ouvir qualquer tipo de música, até mesmo daquela banda “teen”, se isso me deixar mais tranquila e com um sorriso bobo. Eu me sinto uma menina [E talvez eu ainda seja. Tanto no meu jeito de pensar a vida, como no meu jeito de me vestir.], e não tenho a menor vergonha de admitir isso. Sou completamente fã da Pequena Sereia e ainda acho que um dia “Vou viver fora dessas águas...”. Lorelai Gilmore se tornou um estilo de vida a ser seguido, me ensinando que os filmes antigos têm seu valor, e que ser mãe é algo lindo e muito divertido. Brooke Davis, uma inspiração. Me mostrou que às vezes a vida pode ser muito difícil mas se você tiver bons amigos e nunca deixar de acreditar, sua hora vai chegar, porque coisas boas acontecem quando  você tem fé. Ahh...e tem também a Paula Pimenta, que me fez perceber que não preciso parar de sonhar, que amor verdadeiro existe, basta a gente acreditar e nunca deixar de ser nós mesmos. E ela me mostrou também que não precisamos crescer só porque temos certa idade, que viver no mundo da fantasia é permitido e que não há nada melhor do que fazermos nosso próprio filme. 


segunda-feira, 7 de julho de 2014

And then...[Californication]


       Ainda estou aqui viajando com esse final de série perfeito! É tão bom quando a gente não se decepciona com o final de algo que estávamos acompanhando há anos. E confesso que esse desfecho me fez refletir...como a vida pode ser louca, como podemos fazer n bobagens ao longo dela e ainda sim as coisas darem certo no final. Claro que não do jeito que a gente esperava, mas de um jeito que nos faz ter esperança, que nos faz sorrir novamente. Eu vi o Hank fazer tanta burrada ao longo da série, magoar a Karen tantas e tantas vezes, que eu até duvidava desse amor dele. Mas sabe, eu fui percebendo que ele não era feliz agindo daquele jeito e que no fundo ele sabia que estava perdendo alguém muito especial, alguém que o amava exatamente como ele era. E mesmo quando ela já tinha desistido dele, desistido dessa vida juntos...ele não desistiu e lutou por ela. Ele não desistiu de lutar pelo amor deles e se esforçou em mudar, foi a coisa mais linda. Ele não mudou porque ela pediu, mas porque ele sabia que viver sem ela seria impossível. E quem não quer um amor assim?!
       E além de ter sido tão fofo pra reconquistar a Karen, ele ainda tentou dar rumo à vida das pessoas que ele gostava, tentou arrumar a bagunça que ele causou, e isso é tão raro nas pessoas hoje em dia. Como não gostar de alguém assim? Que faz as besteiras, mas reconhece, pensa no outro. E as cenas finais da série foram simplesmente perfeitas! Impossível não chorar. E com uma trilha sonora maravilhosa! Sem dúvida essa série vai deixar saudades...


Vou deixar aqui a carta que o Hank escreveu pra reconquistar a Karen:

- “Querida, Karen…
Estive pensando em Nós (É com “N” maiúsculo, ele diz).
Nossa história, como vou resumir? Tem sido perfeita? Dificilmente. Qualquer história comigo no centro nunca será nada menos que uma confusão engraçada. Mas o que tenho certeza é: nosso tempo ao sol foi absolutamente lindo. Os pesadelos, ressacas, sexo e as porradas (fucking and punch, título de um dos livros). A loucura maravilhosa da nossa cidade,onde por anos, acordava, fazia merda, dizia que sentia muito, desmaiava e fazia tudo de novo.
Como escritor, sou péssimo para finais felizes.
O cara fica com a garota.
Ela o salva dele mesmo… E fim.
Como um cara que ama uma garota, percebi que não há nada como isso.
Não há por do sol.
Só há o agora e nós dois, o que pode ser assustador demais às vezes. Mas, se fechar os olhos e ouvir o sussurro de seu coração, se continuar tentando e nunca desistir, não importa quantas vezes entenda errado. Até o começo e fim virarem algo chamado:
‘Até nos reencontrarmos’.”


Rocket Man - Elton John

       
        E como na vida real nem tudo tem um fim...com Karen e Hank não podia ser diferente...


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

"Eu me senti infinito..."

       Sem dúvida um dos melhores livros que já li! Eu ainda não sei definir muito bem o que senti quando terminei de ler o livro, foi uma sensação diferente. Como se eu tivesse muito o que viver, como se eu tivesse o mundo inteiro pela frente e não tivesse experimentado quase nada. Me senti completamente perdida, assim como a Sam quando revelou para o Charlie que deixou de fazer coisas para agradar alguém e que depois não conseguiu ser quem ela era de verdade, mas que precisava resgatar isso dentro dela. E quando ela disse para ele: Você tem que fazer coisas e não ficar sentado, colocando a vida de todos à frente da sua. Neste momento eu senti como se ela tivesse me dizendo para sair do meu lugar e começar a ver a vida de outra forma, porque eu faço a mesma coisa que o Charlie e isso não tem me levado a lugar algum, porque as pessoas não tem a mesma consideração. Esse livro é muito diferente de tudo que já li, porque ele fala de muitas coisas ao mesmo tempo, mas de um jeito tão simples, tão natural, que a gente nem percebe o quanto estamos envolvidos com os personagens, até a hora que eles começam a se despedir com o baile de formatura, os últimos encontros. E então percebemos que cada situação que eles viveram mudou alguma coisa dentro de nós. É como se a gente tivesse "participado" de tudo de uma forma bem real e fica impossível conter as lágrimas nas últimas páginas. Eu diria que o livro é mágico! Porque eu nunca conheci personagens tão puros e ao mesmo tempo reais e que ensinassem tanto. A amizade é abordada de uma forma inocente, sincera, bonita, mesmo com todas as confusões de sentimentos que a adolescência trás. E o Charlie...é a pessoa mais incrível do mundo! Mesmo passando por tanta coisa ruim, mesmo sendo tratado como alguém invisível por muitas pessoas à sua volta, ele ainda desejava coisas boas para todos. Mas o que mais me marcou foi uma das frases do começo, que o professor Bill disse: "A gente aceita o amor que acha que merece." Porque essa frase define o livro todo e define a nossa vida também. Quantas escolhas erradas nós fazemos porque continuamos vivendo com pessoas que nos fazem mal? Quantas vezes entramos em relações completamente doentias porque acreditamos que a outra pessoa nos ama de um jeito torto? A explicação é bem essa mesmo. A gente acha que merece esse amor, e acaba aceitando esse tipo de relação. Até o último momento eu fiquei pensando pra quem Charlie escrevia aquelas cartas, mas quando chegou no final, eu tive a estranha sensação que ele escrevia pra mim, que aquele conselho era pra mim. Foi quando eu me peguei pensando que queria sentir essa sensação de infinito que ele tanto falava. E quando ele disse que tudo ia acabar bem, mesmo que demorasse um pouco, no final ia acabar bem...eu tive esperança e sorri.