Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto-risco...

Todo mundo que aprendeu a ler e escrever tem uma certa vontade de escrever. É legítimo: todo o ser tem algo a dizer. Mas é preciso mais do que vontade para escrever. Como milhares de pessoas dizem (e com razão): "Minha vida é um verdadeiro romance, se eu escrevesse contando ninguém acreditaria." O que devem fazer essas pessoas? Escrever sem nenhum compromisso. Às vezes uma só linha basta para salvar o próprio coração.







domingo, 23 de janeiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Por que é que tem que ser assim?

       O que a gente procura é a nossa metade? Não entendo porque passamos a vida inteira procurando partes de outra pessoa para poder nos completar. É estranho como a gente nunca consegue ver a pessoa inteira. Só conseguimos enxergar o que a gente quer. Pegamos as qualidades dele e colocamos num nível elevado, adicionamos a aparência para: "a idealização perfeita" (é, ele é o que eu sempre sonhei), e a partir daí inventamos um alguém. O que ele fizer depois disso é fruto de nossa imaginação, porque fica tudo distorcido (sei que tem algumas exceções). Mas já parou pra pensar que quando você realmente conhece o outro, ele é diferente. Você descobre um defeito (é...perfeição não existe). Descobre manias...que te irritam demais. Gostos nada parecidos, e... outro defeito? Nossa! Quem é esse que está na minha frente? rs
       A gente se apaixona pela própria idealização que fazemos das pessoas...Acho que a gente tinha que primeiro conhecer de verdade, para depois nos apaixonarmos. E quem sabe começar a gostar primeiro dos defeitos? Mas esse é o problema, a gente procura partes de uma pessoa...mas na hora, a gente lida com a pessoa inteira, com o todo.
       Acho bonito essa coisa de dizer que o outro nos completa, mas hoje penso diferente. Não acredito mais em duas metades que formam uma só pessoa. Isso não faz mais sentido pra mim....O que acredito agora é em duas pessoas inteiras que juntas se completam (ainda gosto de usar essa palavra). Com todos seus defeitos e qualidades...vícios e manias. Duas pessoas que se entendem, mas que se desentendem também, porque isso faz parte da vida. A perfeição eu deixo para os contos de fada...embora eu ache que nem eles são tão perfeitos assim, se a gente parar pra analisar com atenção.
       Estava viajando ouvindo a música do Claudinho e Buchecha que a Adriana Calcanhoto regravou: Fico assim sem você, quando me deu uma vontade de falar sobre essa necessidade que temos de que o outro nos complete. Eu acho até que de alguma forma essa é a sensação que temos quando estamos gostando. Só que com o tempo a forma de se completar muda, a gente vê que a pessoa é muito mais do que a parte que a gente quer. Mas a idéia da música é ótima e é lindo imaginar que alguém vai ser capaz de se encaixar com a gente, é mais lindo ainda quando a gente não tem nada a vê um com o outro e ainda sim queremos estar juntos.

Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola,
Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
vão poder falar por mim ♫♫

domingo, 16 de janeiro de 2011

Em busca da música ideal...

       E viajando entre blogs, encontro a nova idéia do cineasta Eduardo Coutinho: fazer um filme com a música que marcou a vida das pessoas. Idéia simples, mas que ninguém pensou em fazer. E fiquei pensando....qual foi a música que me marcou?
       Acredito que a gente tem um repertório. Porque em cada momento estamos de um jeito, e em cada um deles uma música vai se destacar. Por isso é tão difícil ter que escolher “aquela”, a mais importante. É quase como ter que encontrar a pessoa ideal,rs. Tem toda uma expectativa em torno dela, para um momento que foi especial e que a gente tem guardado dentro da gente. Que responsabilidade! Uma letra que define todo um momento...que a gente quer lembrar pra sempre ou que a gente não consegue esquecer, porque foi forte demais.
       E quando eu penso numa música, da qual a melodia e a letra juntas participaram de um momento especial comigo...eu penso em várias, porque acabo pensando em diversas situações que eu considero importantes e quero carregar pra sempre. Ainda não sou capaz de escolher “a música”, quem sabe um dia...por enquanto acredito que a vida deveria ter uma trilha sonora para cada momento especial, assim não precisaríamos decidir nada, cada música se encaixaria na situação certa. E se a busca pela pessoa ideal não acaba, a busca pela música perfeita também não....

domingo, 9 de janeiro de 2011

Entre textos...

       Sabe quando dá aquela sensação que está faltando alguma coisa em nossa vida? É...acho que é assim que me sinto hoje...Não sei ao certo o que, só sei que está. Dediquei o dia a leitura, li algumas páginas de um livro do qual não estou gostando (O Clube do Filme), mas que uma amiga disse que valia a pena ler até o final. E depois fiquei divagando em textos de um blog que leio sempre quando quero entender um pouco o mundo de outra pessoa. E ainda estou com essa sensação...embora eu tenha refletido sobre algumas coisas durante essa caminhada de leituras, rs. Fiquei pensando sobre as coisas que a gente diz que nunca faria, a gente fala alto, bate no peito e diz que: Isso Jamais vou fazer! E com o decorrer dos anos, a gente se depara fazendo exatamente o que tanto fomos contra.
       E pensei também...que tipo de educação se dá a um filho? Parece fácil quando a gente não compartilha dessa realidade, e a gente julga o comportamento do outro sem entender como funciona, como é viver essa experiência. Sobre o livro...só posso dizer que: É um pai que aceita que seu filho saia da escola aos 16 anos, simplesmente porque ele não queria mais estudar, e o educa da seguinte maneira: 3 filmes por semana. A regra é: só não pode usar drogas, de resto tudo é permitido. Pode acordar tarde, sair com os amigos, namorar...e não fazer nada da vida. Será que isso é educar? Sei lá...
       Nem sei porque falei sobre essas coisas, mas como estou apenas colocando meus pensamentos, resolvi escrever....