Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto-risco...

Todo mundo que aprendeu a ler e escrever tem uma certa vontade de escrever. É legítimo: todo o ser tem algo a dizer. Mas é preciso mais do que vontade para escrever. Como milhares de pessoas dizem (e com razão): "Minha vida é um verdadeiro romance, se eu escrevesse contando ninguém acreditaria." O que devem fazer essas pessoas? Escrever sem nenhum compromisso. Às vezes uma só linha basta para salvar o próprio coração.







domingo, 20 de junho de 2010

Momento de Superação

         

           Que final de semana! Realmente incrível! Aprendi tanto nesse sábado que penso: que ainda tenho muito o que aprender...logo eu que achava que não podia me surpreender comigo mesma! E agora até passei a dar valor a frases clichês, aquelas que a gente diz quando quer dar força a alguém, mas quando usam com a gente...fazemos pouco. [Nunca acreditamos! E ainda não entendo porque insistimos em usar com o outro.] Me disseram: -Tudo é possível! [Eu ri...claro que ri! Reconheci logo que era mais uma daquelas frases.] E sabe que no final do dia, eu percebi que era possível mesmo. E agora estou repensando as coisas que banalizamos, as frases começam a fazer sentido. Todas elas! Na verdade quem dá sentido a elas somos nós, por isso elas não funcionavam antes. Subi no pico da Floresta da Tijuca, logo eu que morro de medo de altura. Realmente não me achava capaz, nunca fiz algo tão fora do meu alcance. Mas subi, com incentivo do grupo e com uma coragem que eu não sabia que eu tinha. E agora sei, que posso bem mais do que eu achava que podia. É engraçado como não acreditamos em nós mesmos, e ainda queremos que o outro acredite. Mas sabe, a gente pode mais...bem mais do que podemos imaginar, nossa mente é que limita tudo. Às vezes só precisamos nos desprender de medos, pré-conceitos, certezas e em alguns momentos...de nós mesmos. No final, a vista é sempre incrível!



domingo, 13 de junho de 2010

                                             Encontro de Pessoas



         Às vezes fico pensando porque conhecemos determinadas pessoas, parece tão...casual certos encontros e aos poucos essa pessoa vai conseguindo um espaço em nossas vidas. E quando paramos para raciocinar, ela já tem tanta importância que começamos a pensar: Como a conhecemos? Como foi o primeiro contato? Por que deu tão certo? Por que ela? [Se existem muitas pessoas por aí...] E aos poucos percebemos que existem coisas que não terão uma explicação lógica. A partir disso, a gente se dá conta, de que queremos muitas explicações, racionalizamos demais a vida. Tem momentos que basta sentir, basta estarmos presentes...usando a psicologia: no aqui e agora. Quantas vezes não estamos ali naquela conversa com os amigos, ou naquela reunião em família, ou até mesmo agora enquanto você lê esse post. Pensamos demais no amanhã...isso quando não estamos presos no passado, mas a verdade é que ambos já não estão mais ao nosso alcance. Já passou....ou nem sabemos se vai acontecer...
           Assim como os momentos, acontece com as pessoas. Queremos enquadrá-las em algum perfil que a gente já conheça de cor, e aí colocamos todas as expectativas que uma pessoa daquele perfil deve ter. Até que em algum momento ela nos decepciona, e não entendemos o que deu errado. Simplesmente a culpamos! Mas será que a culpa não é nossa? Colocamos tanta expectativa que nos esquecemos de olhar a pessoa, de deixá-la ser...a gente sempre quer definir. É confortável!
           E quando volto a refletir sobre pessoas que entram e saem de nossas vidas, eu penso que não foi por acaso...nenhuma delas. Cada uma teve uma importância, ou me ensinaram alguma coisa, ou eu posso ter ajudado uma delas (até mesmo quando eu não tinha essa intenção, não porque não quisesse, mas porque eu nem pensava que podia estar ajudando). È um encontro que possibilita muitas trocas. E até mesmo aquela pessoa que não nos demos bem, de alguma forma se faz importante, porque aprendemos a nos conhecer melhor, diante do desafio de lidar com o diferente e em outros casos, lidar com o igual. [Há um certo confronto...e quanto aprendizado nele!]
             Escrevi tanto... e confesso que viajei com esse texto, parece que citei vários assuntos e que eu me perdi da idéia inicial. Mas se você puder ler com atenção, vai perceber que tudo que falei aqui está interligado de alguma forma. Não posso falar de pessoas se esbarrando, sem falar do momento que isso aconteceu, como não posso deixar de fora suas expectativas com relação a ela...e como não falar dos momentos em que você ficou pensando se valeu a pena vocês terem se encontrado.
              A conclusão que chego é...que a vida é isso, encontro de pessoas....nem boas e nem más (não cabe a mim classificar, porque não sei o que se passa com o outro para sair dizendo o que às vezes eu vi por uma atitude impulsiva.) Apenas...pessoas...que sempre nos acrescentam algo, não importa a situação, sempre poderemos tirar um aprendizado. E se a gente se esbarrar e não der certo...é porque não é o nosso momento, mas vou lembrar que nos esbarramos.



terça-feira, 8 de junho de 2010

“Tudo que não presta é bom.

  E o que é bom não presta.”
     [Duas senhoras conversando...]

    Ouvi de uma delas na estação de trem. Ela se referia aos jovens que preferem ir a baile funk a ir a Igreja.
    Fiquei pensando sobre...e resolvi fazer esse post. Embora eu ache que é relativo, pois o que é bom pra mim, nem sempre será bom pra você. Assim como não podemos afirmar que todos os jovens compartilham dos mesmos gostos.
    Não, eu não gosto de baile funk...só estava refletindo sobre mesmo...

domingo, 6 de junho de 2010

Esquisita


      Diferente

Bobo

      Chata

         Palavras avulsas? Se olharmos assim rapidamente até pode parecer que elas não fazem o menor sentido, mas se olharmos com mais atenção podemos entender que elas têm um peso... para quem tem elas antes do nome. Como assim? Você deve estar se perguntando. O que eu quero dizer é que muitas pessoas não são reconhecidas pelos seus nomes, mas pelo que aparentam ser, pelo que fazem, por determinada maneira de ser...em um determinado momento. Estou falando de rótulos, uma marca que você ganha em um segundo e que você leva pra sempre na sua vida. Já parou pra pensar como vivemos em função deles, como conduzimos nossa vida baseados em um conceito que alguém estabeleceu e que nem nos damos ao trabalho de descobrir se faz algum sentido. Simplesmente acreditamos que a pessoa é assim, sempre será e por isso não gostamos dela, não queremos contato com ela, não queremos ouvir as músicas dela, ela não vai nos surpreender mesmo! Fazemos julgamentos o tempo todo, baseados em um conceito qualquer, criado por sei lá quem. A verdade é essa, no final nem sabemos mais quem disse o que, e porque disse, mas o rótulo está lá, intacto. É como se perdesse pelo caminho a origem deles, mas nem por isso eles deixam de existir. A única conclusão que eu posso chegar é: eles existem fato! [Não é porque questiono que eles vão deixar de existir.] Mas o que eu vou fazer com eles é problema meu. Posso ignorá-los e conhecer aquela pessoa como ela se apresenta, em suas diversas fases, sem tentar dar nomes. Ou posso passar a minha vida enquadrando pessoas em palavras, mesmo que elas não se encaixem mais nelas. No final, a escolha é sempre sua...mas pense bem, a gente ganha um nome quando nasce e não é atoa, não precisamos de nada para colocar antes dele!

[Depois de uma conversa...altas horas da madrugada, a gente pode se inspirar!rs - Adorei a conversa Renata!]

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Pensando em algo para escrever, eu resolvi falar de um sentimento que até hoje tem várias definições e cabe a cada um de nós encontrar aquela que faz sentido. Porém uma coisa que eu nunca tinha pensado é como as crianças entendem esse sentimento, porque nós ficamos tão preocupados em explicá-lo com as palavras mais dificeis e ainda achamos que isso define o que se passa com a gente. Mas as crianças...souberam definir de uma forma simples e isso me fez pensar que..os adultos é que complicam tentando entender demais, o que na verdade está nas pequenas coisas do dia-a-dia.
O que é o amor? Foi a pergunta feita para crianças de 4 a 8 anos.
 Amor é quando alguém te magoa e muito magoado você num grita, porque sabe que isso fere os sentimentos dela.
 Quando minha avó pegou Reumatismo, ela não podia se debruçar pra pintar as unhas dos pés. Desde então é meu avô quem pinta pra ela, mesmo ele tendo Artrite.

 Amor é quando uma menina coloca perfume e o garoto põe loção de barba do pai e eles saem juntos e se cheiram.

 Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente.

 Amor é quando você oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a pessoa te ofereça as batatinhas dela.

 Amor é quando você fala pra alguém uma coisa ruim sobre você e sente medo que essa pessoa não ame mais você por causa disso, aí você descobre que ela continua te amando e até te ama mais ainda.

 Durante minha apresentação de piano, vi meu pai na platéia me acenando e sorrindo. E era a única pessoa de quem eu não sentia medo.

 Amor é você falar pro menino: Que camisa linda você ta usando! E daí ele passa a usar a camisa todo dia.

 Quando você tem amor por alguém, seus olhos sobem e descem e pequenas estrelas saem de você.

 Você sabe o que é amor quando seu cachorro lambe a sua cara depois de ter deixado ele sozinho o dia inteiro.

 Jesus podia ter dito palavras mágicas pros pregos caírem do crucifixo, mas ele não disse. Isso é amor!


[Foi exibido no programa do Jô.]