Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto-risco...

Todo mundo que aprendeu a ler e escrever tem uma certa vontade de escrever. É legítimo: todo o ser tem algo a dizer. Mas é preciso mais do que vontade para escrever. Como milhares de pessoas dizem (e com razão): "Minha vida é um verdadeiro romance, se eu escrevesse contando ninguém acreditaria." O que devem fazer essas pessoas? Escrever sem nenhum compromisso. Às vezes uma só linha basta para salvar o próprio coração.







segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Mais uma chance


Sabe, ainda não sei muito bem como começar esse texto, primeiro porque faz tanto tempo que não escrevo que acho que perdi a prática. Segundo porque ainda não consigo assimilar direito o que aconteceu e confesso que ainda estou chocada com tudo. Mas de uma coisa eu tenho certeza: Foi um milagre! E Deus queria que eu ainda estivesse aqui nesse mundo.
No sábado, dia 25 de agosto eu estava voltando da minha aula de dança. Engraçado que eu já estava achando o dia meio tenso, porque apesar das aulas estarem tranqüilas, eu estava meio inquieta e angustiada com alguns problemas, mas mesmo assim não imaginava que o final do dia seria esse. Então eu pego o ônibus pra sair do centro e nem 10 minutos e eu estou sentada no chão do outro lado da roleta. É...o ônibus bateu no carro e foram alguns segundos ou minutos da minha vida que eu não lembro de nada. Só de levantar e perguntar o que aconteceu e em seguida sentir as dores. Penso que se não fosse a roleta teria sido bem pior passar pelo vidro, de alguma forma eu sei que Deus me segurou. Eu não vi aqueles flashes que todo mundo diz quando está morrendo, vai ver era um sinal de que eu não estava. É muito estranho a gente não lembrar do acidente em si, parece que dormimos e acordamos. É tudo tão rápido. E o corpo só reage depois que voltamos a ter consciência do que aconteceu. Não vou relatar o acidente todo mas dizer que foi a noite mais estranha e difícil da minha vida. Sair do local numa ambulância em direção ao hospital, esperar horas pra ser atendida, sentindo dores e sem saber o que tinha acontecido de fato. Minha sorte foi não ter quebrado nada, mas ainda estou me recuperando e certos movimentos ainda não posso fazer e isso ainda me aflige, mas eu rezo para ficar tudo bem e que eu possa voltar as minhas atividades. Naquele dia eu vi o esforço de tantas pessoas para saberem de mim, me buscar, e até mesmo ficar do meu lado por sms, que me fez perceber que é nessas horas que a gente vê quem se importa com a gente de verdade. A vida é realmente muito louca! Uma hora estamos distraídos dentro de um ônibus e achando que logo estaremos em casa, planejando mil coisas. E no momento seguinte a gente acorda de novo, mas ainda é noite e alguma coisa está diferente em nós e na vida.


       Eu agradeço a Deus por mais essa oportunidade, e prometo tentar fazer diferente. Tentar ter mais paciência com as pessoas, afinal não sabemos se vamos revê-las de novo. E eu prometo tentar fazer diferente...