Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto-risco...

Todo mundo que aprendeu a ler e escrever tem uma certa vontade de escrever. É legítimo: todo o ser tem algo a dizer. Mas é preciso mais do que vontade para escrever. Como milhares de pessoas dizem (e com razão): "Minha vida é um verdadeiro romance, se eu escrevesse contando ninguém acreditaria." O que devem fazer essas pessoas? Escrever sem nenhum compromisso. Às vezes uma só linha basta para salvar o próprio coração.







domingo, 14 de maio de 2017

Eu quero ver, eu quero ser, ser desse mundo

Às vezes eu acho que ninguém no mundo me entende e quanto mais os dias passam eu vou tendo essa certeza. Parece que não pertenço a esse mundo. Me sinto um peixinho fora d’ água. Talvez seja por isso que eu me identifico tanto com a Ariel (com a história um pouco invertida claro, rs). Ela sempre soube que o mar não era o seu lugar, que mesmo tendo tudo onde ela vivia, faltava algo. Ela não se sentia completa. É mais ou menos assim que eu me sinto. Eu tô presa num lugar que eu não pertenço. Talvez o “mar” seja o meu lugar. E eu peço todo dia a Deus pra me transformar em sereia e me deixar ser feliz. 


sexta-feira, 12 de maio de 2017

Como eu entendo a Elza!

Sabe quando as pessoas ao seu redor não te compreendem? Então, essa é a minha vida. Estão sempre me dizendo o que fazer, me dizendo como eu deveria viver, o que eu deveria sentir. Só que às vezes os sentimentos são complexos pra mim e demoram a tomar alguma forma para que possam tomar seus rumos. Eu demoro a elaborar as perdas, a aceitar que o passado mudou, que as coisas agora são diferentes. Vivo naquele eterno mundo de faz de conta, onde eu conhecia tudo que ia acontecer, onde as amizades eram as mesmas, onde a família era unida e feliz. É difícil pra mim entender que as configurações mudaram. Tenho o meu próprio tempo de mudança. Mas eu sei que muitas pessoas não entendem isso e me pressionam. Me julgam. Ou dizem coisas que às vezes eu não to preparada pra ouvir. O que elas não sabem é que nem sempre eu tô preparada para ouvir certas verdades. Eu não sou tão forte quanto eu aparento ser. E no momento o meu mundo está desmoronando. Eu não reconheço nada que está à minha volta. Parece que tudo mudou. Todos mudaram. E eu fiquei parada no tempo. Ah, como eu entendo a Elza! Às vezes é melhor se isolar pra tentar entender que as coisas precisam ser diferentes.

Não os deixe entrar, não os deixe ver
Seja a boa menina que você sempre deve ser
Oculte, não sinta, não deixe que eles saibam
Bem, agora eles sabem
 
Deixa pra lá, deixa pra lá
Não posso esconder mais
Deixa pra lá, deixa pra lá
Afaste-se e bata a porta
Não me importa o que eles vão dizer
Deixe a tempestade se alastrar
O frio nunca me incomodou mesmo

É engraçado como alguma distância faz tudo parecer pequeno
E os medos que um dia me controlaram não podem me alcançar mais
É hora de ver o que posso fazer
Para testar os limites e ultrapassá-los
Sem certo nem errado, sem regras para mim
Estou livre


Pensamentos Afogados

Às vezes cansa ser a filha certinha, ser aquela que freqüenta todas as reuniões de família, que ouve todos os problemas e que tenta ajudar todo mundo. Porque no final nunca sou valorizada. As pessoas acabam se acostumando a nunca me perguntar o que eu realmente quero. Se estou feliz de fato. E passam a achar que é minha obrigação seguir aquele roteiro pré estabelecido por eles mesmos. É completamente sufocante fazer parte dessa realidade. É como se o meu verdadeiro eu fosse sugado pra dentro de mim e tivesse que se manter ali, preso. E as poucas vezes que eu tentei trazer ele pra fora, fui chamada de estranha. É nessas horas que eu percebo o quanto eu não faço parte desse mundo. Por isso eu criei o meu próprio mundo. Onde eu me sinto muito mais feliz. Quando eu embarco num livro ou numa série é como se tudo tivesse algum sentido. É como se os personagens pudessem entender o que eu sinto e eu consigo aprender tanto com as experiências deles. Se não fossem eles eu nem sei o que seria de mim.