Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto-risco...

Todo mundo que aprendeu a ler e escrever tem uma certa vontade de escrever. É legítimo: todo o ser tem algo a dizer. Mas é preciso mais do que vontade para escrever. Como milhares de pessoas dizem (e com razão): "Minha vida é um verdadeiro romance, se eu escrevesse contando ninguém acreditaria." O que devem fazer essas pessoas? Escrever sem nenhum compromisso. Às vezes uma só linha basta para salvar o próprio coração.







sexta-feira, 12 de maio de 2017

Pensamentos Afogados

Às vezes cansa ser a filha certinha, ser aquela que freqüenta todas as reuniões de família, que ouve todos os problemas e que tenta ajudar todo mundo. Porque no final nunca sou valorizada. As pessoas acabam se acostumando a nunca me perguntar o que eu realmente quero. Se estou feliz de fato. E passam a achar que é minha obrigação seguir aquele roteiro pré estabelecido por eles mesmos. É completamente sufocante fazer parte dessa realidade. É como se o meu verdadeiro eu fosse sugado pra dentro de mim e tivesse que se manter ali, preso. E as poucas vezes que eu tentei trazer ele pra fora, fui chamada de estranha. É nessas horas que eu percebo o quanto eu não faço parte desse mundo. Por isso eu criei o meu próprio mundo. Onde eu me sinto muito mais feliz. Quando eu embarco num livro ou numa série é como se tudo tivesse algum sentido. É como se os personagens pudessem entender o que eu sinto e eu consigo aprender tanto com as experiências deles. Se não fossem eles eu nem sei o que seria de mim.


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